19.5.12

Que a alma tenha a mesma idade que a idade do céu

O que fazer com o que fica? Com o que sobra dentro da gente? Saudade é o amor que fica. E a gente nunca sabe se ela vai sumir ou se vai estar sempre ali, acendendo uma chama, cheia de todas as lembranças ou de um momento simples, em que o sentimento foi verdadeiro, sincero e lindo.

A vida não se constrói apenas de bons momentos. Mas o que acontece quando perdemos momentos que foram, seriam ou serão sempre bons?

Alguns dizem que o ser humano está sempre em busca de repetir e experimentar os momentos bons que já vivenciou. Talvez seja essa a questão. Eles nunca voltarão, nunca serão os mesmos. E o sentimento também muda com o tempo e o passar dos novos momentos.

O apego acontece justamente quando queremos manter um espacinho para a lembrança permanente de um momento doce.O apego nos faz sensíveis, vulneráveis, prontos para o amor, a paixão, o ódio, a dor e as lágrimas, o desengano.
Mas não seria pior viver sem ele? Afinal, sem apego não há entrega, não há nada, nada verdadeiro.

O apego é aquele que vai nos fazer amar e também perder, e sofrer. Mas [e aquele que nos faz, acima de tudo, realmente sentir, e nos mantém vivos, em busca dos tais momentos, repetir os velhos, viver os novos, em busca dos sorrisos, em busca do amor.

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