24.7.14

Da imensidão

É duro, denso e tem gosto de aperto. Às vezes o amor é assim. Me perdoem os autoajudistas de plantão que implantam a ideia de que o amor real é fluido e tranquilo.
Não, ele é denso, ele toma conta sim, e não tem como fugir. E agora não se fala de paixonite, aquela que dá enjôo e falta de apetite. Amor que bate é fundo, é maior que a gente, não cabe. E mesmo não cabendo, a gente reage baixinho, de tanto que o tamanho dele assusta.
Ninguém deve ter descoberto ainda o que fazer com esse sentimento maluco, que as vezes não tem endereço ou nem é pra ter, é nosso.
Pra mim, alem dessa imensidão que ele me provoca e esse tamanho descabido que não encaixa nos bolsos e acaba vazando por aí, ele é bom. Mesmo descabendo e vazando em lagrimas, ele ainda é forte, imenso, bonito, grandioso. Ele traz vontade de vida.
E por isso, sou grata. Com todos os apertos no peito, sorrisos, lágrimas, agradeço.
Se ele está dentro de mim, eu pulso, eu vivo, eu sigo. De coração aberto, maratonista, correndo pelo amor.

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