31.5.14

Esse mundo é dos fortes.

Outro dia refleti sobre não caber o sofrimento nas horas contadas de produtividade no trabalho. A temática ainda não se mandou daqui, mas agora veio mais ampla.
Numa espécie de retiro forçado sozinha de poucos dias, vejo a maquina do mundo lá fora.
Vejo os amigos, familiares, colegas, dentro da máquina. Estabeleci curtos diálogos, que se encaixaram no tempo que cada um teve. Uns um pouco mais, outros pouquíssimo e outros tantos nada. Sem resposta para um alô.
Sem fazer disso uma auto indulgência tediosa, minha percepção é a de que eu também, quando na máquina, troco poucas palavras - e não momentos - com alguns, outros mais, menos ou nada.
A vida não para e nós também não. Pra tomar uns raios de sol na cara lavada, pra olhar firme nos olhos de quem estimamos, pra conversas genuínas. Como um budista disse outro dia, a gente nem se dá conta de que respira.
E acho isso tudo muito triste. Não dá pra saber se são muitas portas e por isso ficamos pescando em todas, falando com todos.. Ou se o tempo é curto então é só o que interessa, e rápido. E não venha com conversas sobre o mundo ou sentimentalismos. Pra isso basta discutir na rede social.
Pensei: esse mundo é dos fortes mesmo. Engolindo rápido e continuando e encaixando a vida nos bloquinhos de 2a a sábado. Domingo a gente descansa. Nas férias a gente vê, vive, conversa, degusta, cheira.
Pra esse mundo concluo que estou muito fracotinha ainda. Porque engolir rápido dá gastrite e encaixotar a vida é sem emoção.
Mas jaja chega domingo! ;)

Nenhum comentário: