25.11.14
15.10.14
Uma dimensão invisível aos olhos físicos..
Do Quiroga, http://m.estadao.com.br/horoscopo
6.10.14
E é tão bom não ser divina :)
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso, pra não ser carne e osso"
30.9.14
Quirogando e aventurando
SINCRONIA
Aventura de viver
Às 19h50 de domingo 28-9-14 a Lua que cresce ingressou em Sagitário e está em quadratura com Netuno, sextil com Sol, conjunção com Marte, trígono com Urano e Júpiter até 0h29 de terça-feira 30-9-14, horário de Brasília. No mesmo período, Vênus ingressa em Libra.
Em algum momento terás de abandonar todas as reflexões que fazes em busca daquilo que chamas de autoconhecimento, terás de abandoná-la porque te enamoraste de teus raciocínios e esses te amarram a um jogo dialético de perguntas e respostas em que te parece conhecer, mas que te prendem.
Abandonar, mesmo que temporariamente o encanto do autoconhecimento te permitirá ser quem Tu és com espontaneidade, pois enquanto queres saber quem Tu és, deixas também de ser quem Tu és para pensar sobre o ser, o que é legítimo, do ponto de vista humano, mas não como uma atividade principal.
Vida é aventura, Vida é atirar-se, Vida é errar por tentar, erguer-se novamente e errar continuamente até perceber onde Tu és com mestria.
Qualquer ser humano, sem exceção, possui uma graça, não há ninguém excluído, alguns, mais agraciados, possuem várias e exalam carisma por todos os poros.
Porém, mesmo os que pareçam, à primeira vista, desafortunados, possuem uma graça e podem explorá-la para que venha a se manifestar em primeiro plano. Viver não é uma questão de comparar-se, é fazer o necessário para que a talvez única graça se manifeste sem limitações.
Porém, isso não acontece automaticamente, é necessário atrever-se e deixar de lado o pudor, o temor de receber críticas. Essas virão, com certeza, mas a graça manifesta será sempre maior.
Não precisas de longas e tediosas reflexões para reconhecer tua graça, mas de ação, de aventurar-te porque a Vida é vida é nada além disso.
A emoção te guiará melhor do que o raciocínio, pois enquanto te emocionas não te distancias de ti, como acontece quando reflexionas, quando te desdobras sobre teus próprios pensamentos para observá-los. Isso também é bom, mas pouco apropriado para este momento, que requer mais espírito de aventura e menos pudores.
9.9.14
Una canción me trajo hasta aqui
As canções não param e se me trouxeram até aqui, ainda levarão mil vezes adiante.
Do Drexler, do meu corazón, pra vida:
Varias primaveras atrás
El viento cambió,
Y una canción me trajo hasta aquí.
No fue más que un signo sutil
Que luego creció,
Y una canción me trajo hasta aquí.
Antes, antes en aquel otro mundo distante,
Tiempos de otro cantar.
Lejos, lejos con la mirada en otros espejos,
Sin darme cuenta un día eche a andar.
Con un entusiasmo infantil
Que dura hasta hoy,
Una canción me trajo hasta aquí.
Fui dejando versos detrás
Renglón a renglón,
Una canción me trajo hasta aquí.
Antes, antes en aquel otro mundo distante,
Tiempos de otro cantar.
Lejos, lejos con la mirada en otros espejos,
Sin darme cuenta un día eche a andar.
Link: http://www.vagalume.com.br/jorge-drexler/una-cancion-me-trajo-hasta-aqui.html#ixzz3CqHPnIFu
2.9.14
Libertando gargantas e corações.
Tenho tentado empregar isso no dia a dia. Nunca serei uma "buddha", a que leva umas patadas e responde com toda a calma do mundo, ou a que nunca se esquenta e acaba falando a mais ou do jeito que não deve, provocando a irritação ou resposta agressiva do outro, ou mesmo repulsa. Isso pode e vai me acontecer muitas vezes. Mas, no pouco que tenho usado as tais técnicas ou intenções reais na comunicação, me parece já uma ótima tática. Um outro paradigma de comportamento.
Falar com a emoção e intenção real tira uma sensação de repressão, de que a gente estrebuchou e continua engasgada, às vezes triste, injuriada, com raiva, ou meio insatisfeita. A intenção real nas palavras é libertadora, é amigável, traz afeto. E acho que por isso traz uma sensação de paz interna, e há de trazer para o outro que ouve ou lê. Ainda não sei do outro, mas percebo menos repulsa e agressividade. A gente mobiliza o que sente em nós e o que o outro sente de verdade também.
Pode ser que meu otimismo esteja bombando em pensar sobre essa comunicação como uma solução pra conflitos, desentendimentos, brigas e discussões, nessa sociedade maluca das redes sociais e tecnologias de velocidade de um raio. Pode bem ser. Mas prefiro acreditar que não, e que isso é um caminho.
Enfim, é importante no falar, sentir. Viva a empatia.
28.8.14
Riding on the trade winds of age
don't move an inch
listen for a singing
hitting in your bones like they were forts
if you hear what I hear
don't just sit there
we are only strumming water
on this most unlikely court
you got blown shore to shore
not quite sailing
riding on the trade winds of age
things blow in
don't just cast them
say it now, what you want to stay
I was once on a long boat
star mapping the night roots
lightening the load
just in case
but things float in to be taken
if you don't know by now what will stay
so don't move an inch
don't move a single second
until the shade behind your thoughts is not confused
because I felt your inch
I know the scent as well as any
clot in your guard
and all paints or pollen
brick in your mortar
petals to soaking
on the cracks
thicker or finer
milk in your water
black in your primer
wood in your brush
now I am your cloth
whatever you want
the best is upon us
its a finicky muse
with only potential
to choose
to choose
Link: http://www.vagalume.com.br/blind-pilot/paint-or-pollen.html#ixzz3Bhf3uzh8
21.8.14
Para que teu coração não se amargue :)
Quiroga
Data estelar:Mercúrio e Plutão em trígono; Lua míngua em Câncer
O grande perigo de perderes a capacidade de te indignar diante da ignomínia consiste em que também perderias a capacidade de te maravilhar diante dos espetáculos, objetivos e subjetivos, que a Vida te oferece. A sequência tão frequente de infâmias, pequenas e grandes, que o mundo anda produzindo acabou te anestesiando, pois existir em constante mal humor faz mal à saúde. O mal-estar é geral e ainda por cima há também as tuas questões particulares, que te fazem ficar de frente com verdades duras, reconhecimentos que não podem ser protelados. Cuida, então, para que teu coração não se amargue, renova a confiança, recupera a capacidade de te maravilhar com pequenos assuntos, pois o dia em que teu coração se render à amargura terás dado o passo definitivo para te converteres naquilo que hoje desprezas.
14.8.14
10 coisas
"I hate the way you talk to me,
and the way you cut your hair
I hate the way you drive my car,
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boats,
and the way you read my mind.
I hate you so much, that it makes me sick,
And even makes me rhyme.
I hate the way you're always right.
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh,
even worse when you make me cry.
I hate it when you not around,
and the fact that you didn't call...
But mostly I hate the way I don't hate you,
Not even close,
Not even a little bit,
Not even at all."
13.8.14
Just Like a Woman
Link: http://www.vagalume.com.br/bob-dylan/just-like-a-woman-traducao-2.html#ixzz3AHb2PPWO
24.7.14
Da imensidão
É duro, denso e tem gosto de aperto. Às vezes o amor é assim. Me perdoem os autoajudistas de plantão que implantam a ideia de que o amor real é fluido e tranquilo.
Não, ele é denso, ele toma conta sim, e não tem como fugir. E agora não se fala de paixonite, aquela que dá enjôo e falta de apetite. Amor que bate é fundo, é maior que a gente, não cabe. E mesmo não cabendo, a gente reage baixinho, de tanto que o tamanho dele assusta.
Ninguém deve ter descoberto ainda o que fazer com esse sentimento maluco, que as vezes não tem endereço ou nem é pra ter, é nosso.
Pra mim, alem dessa imensidão que ele me provoca e esse tamanho descabido que não encaixa nos bolsos e acaba vazando por aí, ele é bom. Mesmo descabendo e vazando em lagrimas, ele ainda é forte, imenso, bonito, grandioso. Ele traz vontade de vida.
E por isso, sou grata. Com todos os apertos no peito, sorrisos, lágrimas, agradeço.
Se ele está dentro de mim, eu pulso, eu vivo, eu sigo. De coração aberto, maratonista, correndo pelo amor.
10.6.14
O prumo e o peso - 2
Renuncia a um prazer em razão de um bem maior é algo louvável na sociedade liquida, individualista e hedonista de hoje. Renuncia ao fugaz pelo duradouro.
Mas até que ponto sacrificar um bem menor, certo, por algo maior no futuro da incerteza?
Reflexão difícil, que já me ocorreu muitas vezes e ainda não sei dar uma resposta.
Na verdade valorizo muito um processo lento para a conquista de algo maior, acho que é saudável. Mas até que ponto deixar uma parte boa da vida por isso? Grande questão.
A felicidade não é um pote de ouro no fim do arco íris, é um estado, cheio de vaivéns, que nos brinda e depois vai embora, isso muitas e muitas vezes. Será que vale renunciar a esses momentos de brinde pra conquistá-lá só num futuro depois?
E mais, será que o duradouro de fato será assim? Penso que depende da renúncia, do quanto se abre mão, e do quanto se pode alcançar.
Se abrir mão de diversos momentos felizes por um horizonte definido distante, será que faz algum sentido?
Não, penso que não faz. O que está definido resolvido está, então tudo que se tem além do futuro distante e definido são os momentos felizes. A felicidade compartilhada. E real por ser compartilhada. E esses momentos nenhum horizonte traz de volta. Um amor, por exemplo, renunciado, o horizonte não traz de volta.
Entre o hedonismo e o conservadorismo racional, fico com o meio. Que não é metade, mas sim o melhor possível. E abrir se pra vida quando ela acontece, sem perder de vista o futuro desejado. E as emoções, por serem únicas, merecem ser privilegiadas. Nunca se sabe o que um novo sentimento, impressão, afeto, amor pode trazer. E por certo poder de transformação, eu aposto nesses e não nos fatos concretos. Aposto no que faz a gente sorrir e ver o céu mais azul.
Que venham bons ares e emoções para nos transformar!
5.6.14
Sociedade de metades.
Me choca a imaturidade nos tempos líquidos. Novamente, não que eu não tenha que lidar com a minha porção , que ja me perturba num tanto razoável.
Ainda assim, me choca vê-lá escancarada nos outros. E a imaturidade pode ser saudável se temos a sensatez de reconhecê-la. Mas quando vem velada, ou coberta por algum tipo de soberba na pessoa, ah... Aí me choca e me causa indignação.
Nos relacionamentos., por exemplo, ha de se entender ainda porque não há sinceridade. Por que jogos e enrolação? Por que ter tudo pela metade e não o que se quer de fato, por inteiro? Por que não se assumir o desejo de uma noite somente? Ou o desejo de um compromisso? Por que resistir em assumir o que se quer por inteiro?
Pra mim, é perturbador, e uma perda de tempo e energia.
Quando se assume a imaturidade, é notadamente reconhecido: não possuo estrutura para lidar bem com isso, e portanto optarei por outra escolha. Ou então arrisca-se... Talvez eu não tenha maturidade, mas me lanço. Se não for valido, saio.
Assim são as decisões na vida, ou deveriam ser.
Não sou nenhuma rebelde contra a indecisão , mas de fato atualmente a capa protetora que finge não existir imaturidade ou despreparo para as situações é uma involução na sociedade. A tal do espetaculo. Basta jogar e fingir. Parecer, enganar, aparentar. E não de fato assumir.
Talvez por isso eu esteja tão revoltada com a politica dos bastidores. E os relacionamentos da vida privada.
Tudo teatro. Sera que é arrogância ou realmente a maioria involuiu pra essa paralisia da verdade e da coragem?
Socorro, quero assumir meus sucessos e cagadas, minhas escolhas amorosas e profissionais, ser sincera, arriscar, e ser feliz ou ter decepções por inteiro.
De metades e meias verdades o mundo está farto.
31.5.14
Esse mundo é dos fortes.
Outro dia refleti sobre não caber o sofrimento nas horas contadas de produtividade no trabalho. A temática ainda não se mandou daqui, mas agora veio mais ampla.
Numa espécie de retiro forçado sozinha de poucos dias, vejo a maquina do mundo lá fora.
Vejo os amigos, familiares, colegas, dentro da máquina. Estabeleci curtos diálogos, que se encaixaram no tempo que cada um teve. Uns um pouco mais, outros pouquíssimo e outros tantos nada. Sem resposta para um alô.
Sem fazer disso uma auto indulgência tediosa, minha percepção é a de que eu também, quando na máquina, troco poucas palavras - e não momentos - com alguns, outros mais, menos ou nada.
A vida não para e nós também não. Pra tomar uns raios de sol na cara lavada, pra olhar firme nos olhos de quem estimamos, pra conversas genuínas. Como um budista disse outro dia, a gente nem se dá conta de que respira.
E acho isso tudo muito triste. Não dá pra saber se são muitas portas e por isso ficamos pescando em todas, falando com todos.. Ou se o tempo é curto então é só o que interessa, e rápido. E não venha com conversas sobre o mundo ou sentimentalismos. Pra isso basta discutir na rede social.
Pensei: esse mundo é dos fortes mesmo. Engolindo rápido e continuando e encaixando a vida nos bloquinhos de 2a a sábado. Domingo a gente descansa. Nas férias a gente vê, vive, conversa, degusta, cheira.
Pra esse mundo concluo que estou muito fracotinha ainda. Porque engolir rápido dá gastrite e encaixotar a vida é sem emoção.
Mas jaja chega domingo! ;)
27.5.14
Bauman, velho sábio.
15.5.14
Cara B
Quem pode comigo quando digo tudo o que sinto? Ou quando apenas sinto?
Me desconforta a ideia de homem máquina de hoje em dia. Não a maquina no sentido de produção em serie e trabalhos repetitivos, se bem que em menor grau ainda existem. Mas a maquina no sentido de um ser sem emoção. Lembro de uma aula que tive sobre ciências sociais aplicadas, na faculdade. Me encantou e surpreendeu quando a professora disse que as organizações não possuem espaço para o sofrimento do homem. Bazinga, sem pensar muito já fez todo o sentido pra mim. Não que o trabalho seja execrável sempre, mas a verdade é que o homem não maquina precisa de sentido porque tem emoção, tem sentimentos. O trabalho sem sentido é vazio; ou quando o homem precisa encontrar-se fora do trabalho, por melhor que seja sua atividade, ela perde o sentido. A resposta do momento está fora do trabalho e dentro dele, mas a maquina precisa funcionar.
Desafio grande não poder mostrar a Cara B. A Cara do homem mal humorado, sem paciência, sem estímulo para a sociabilidade, sem um sorriso no rosto e as piadas do momento. Apenas um homem de outra cara. A ranzinza. Aquela proibida. Aquela que não cabe na escrivaninha. E as vezes nem entre amigos ou familia cabe.
Que as pessoas possam mostrar suas caras surradas do tempo e enfadadas da vida alguns dias...! Sofrimento é humano, negar se é desumano. Libertemo-nos.
Cara B
Jorge Drexler
Si cuando vuelves a casa
me ves sombrío,dándole vueltas al vals del desconsuelo,ten compasión de esta falta de luz,hoy soy una moneda que tiene dos lados de cruz.
Y si me notas lejos
estando a tu lado,como una réplica mala de lo que yo era,
tómate en broma mi salto mortal,hoy soy sólo una copia y tu tienes el original.
No le hagas caso a tanto misterio,vos ya sabés la verdad ;que no hay nada peor para esta seriedad
que tomársela en serio.
Deja que hable
tu cercanía,vos conocés la razón,y no hay nada peor para este corazón
que una casa vacía.
Deja pasar esta falta de fé,este disco rayado que hoy tiene sólo cara B.
9.5.14
Who wants to be right ?
It's better
When something is wrong
You get excitement in your bones
And everything you do's a game
When night comes
And your all on your own
You can say I chose to be alone
Who want to be right as rain
4.4.14
You're Gonna Make Me Lonesome When You Go
It's never been this close before
Never been so easy or so slow
Been shooting in the dark too long
When something's not right it's wrong
You're gonna make me lonesome when you go
Dragon clouds so high above
I've only known careless love,
It's always hit me from below.
This time around it's more correct
Right on target, so direct,
You're gonna make me lonesome when you go
"Purple clover, queen anne lace,
Crimson hair across your face,
You could make me cry if you don't know.
Can't remember what i was thinkin' of
You might be spoilin' me too much, love,
You're gonna make me lonesome when you go
Flowers on the hillside, bloomin' crazy,
Crickets talkin' back and forth in rhyme,
Blue river runnin' slow and lazy,
I could stay with you forever
And never realize the time.
Situations have ended sad,
Relationships have all been bad.
Mine've been like verlaine's and rimbaud.
But there's no way i can compare
All those scenes to this affair,
You're gonna make me lonesome when you go
You're gonna make me wonder what i'm doing,
Staying far behind without you.
You're gonna make me wonder what i'm saying,
You're gonna make me give myself a good talking to.
I'll look for you in old honolulu,
San francisco and ashtabula,
You're gonna have to leave me now, i know.
But i'll see you in the sky above,
In the tall grass, in the ones i love,
You're gonna make me lonesome when you go."
26.3.14
Sentidos
Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos.
(...)
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Clarice Lispector
11.3.14
É denso e não tem como não ser!
― Henry Miller, Sexus
6.3.14
De espera, esperança e o tempo ao tempo.
Dê tempo ao tempo, foi um velho e bom conselho. Talvez o melhor deles. Velho, porque já gasto, porque já pensamos sobre ou nos deparamos com o bendito tantas vezes. Mas só de vez em quando ele vem carregado de sentido.
Porque se quer pouco tempo pra ver acontecer, pra agir, reagir, tempo nenhum pra esperar, decidir, saber, conhecer.
O tempo de hoje não é esse, onde se leva tempo. É o tempo de ação, reação e segue até a próxima pagina. E rápido, pra não correr o risco de perder o tempo com o que não vem, o que não aconteceu, ou apenas tempo com o que não se sabe.
Mal sabe o homem, no seu frenesi anos dois mil, que as melhores coisas levam tempo. A ação é breve mas a emoção não. O conselho vem a jato mas a resolução não. A paixão incendeia rápido mas o amor não. Não tem pressa pra crescer ou pra ir embora.
E o conselho mais demorado, foi esse que fez sentido.
Tempo é pra profundidade, pra ser integral, pra mergulhar devagarinho e custar sair. Mas e daí não resolver logo, e daí perder tempo, e demorar pra sair?
Ora, a beleza está em aprender. Em cozinhar as cousas até que virem outras tantas muito mais completas e cheias de sentido.
Não vale a luta pra correr e ir deixando tudo pra trás, sem marca, sem registro, sem mudança, sem apego.
Vale sim viver com demora, com horas de panela de pressão, com espera, com sonhos mais longos, com amor devagarinho.. Viver profundo, viver a fundo, com esperança.
A praticidade necessária nunca vai me vencer, nessa luta de aceitar o sentir com tempo. O tempo ao tempo.
E que venha o melhor.. No seu tempo, com muita emoção... Sempre!
27.1.14
Solitatis
No Brasil, o dia da saudade é comemorado oficialmente em 30 de janeiro.
Da wikipedia ;)