9.11.09

Say Goodbye

"Now let's make this an evening

Lovers for a night, lovers for tonight

Stay here with me, love, tonight

Just for an evening

When we make

Our passion pictures

You and me twist up

Secret creatures

And we'll stay here

Tomorrow go back to being friends"

DMB

25.9.09

16.9.09

Assim ilustre

Entre vidros, vitrais, luzes, cristais

A palmeira, o verde tapete real

Umas gotas aqui e ali e ainda a surpresa do convivio

Um olhar de pequena e muitos pequenos com seus ruidos

Um abraço e tanto aperto de gente que se vê

Não ha nada de mais

E enfim tudo

Que faz a sinfonia tocar

Faz respirar quente a cidade

Fundo que faz orgulho de gente.

3.7.09

Ausência

"E não é que o dia chegou? Finalmente tive vontade de olhar nos seus olhos, assim, pela manhã. Cheguei reticente e agressiva, com aquele sorriso dissimulado, como quem deseja malograr emoções. Talvez funesta demais ou atrevida a procurar nos seus olhos uma palavra que me faça decididamente encontrar uma resposta para essa ausência. Não olhe para o relógio; faça-me crer que ainda há algo de concreto entre nós. Ainda que seja algo entre o bem e o mal, com rusgas e mágoas, mas que podem ser camufladas sem medo, com algumas pinceladas de disfarce (ou esquecimento).

Por que a pressa? Fui reticente demais na investida que cheguei a causar desconfiança? Não gosto de sombras, você sabe, prefiro um caminho limpo e seguro a esse mistério que habita bem no fundo desses olhos amendoados e cheios de si. Por que eu também tento me disfarçar? É como se sempre eu estivesse dando um passo em falso; não consigo traduzir nem em palavras nem em gestos o que quero de verdade... E também tem a sua pressa, a insconstância, as fugas... Essa mania que a gente tem de querer fazer da vida um poema e construir castelos de vento... É uma nostalgia doce e amarga ao mesmo tempo. Uma nostalgia contínua!

Ando tão inexata que tenho me ocultado de mim mesma, juntando lembranças para formar alguma coisa densa, algo que fique entre o final de um dia e a expectativa de outro e que não soe como ilusão ou armadilha para os próximos meses. Muita coisa se manteve intacta, eu sei, mas, na verdade, muito já se perdeu, e o meu desejo era poder segurar entre as mãos o que havia de mais ilógico, insano, inexplicável - escapou-me a coerência, no entanto, por entre os dedos. Mas eu sempre tive essa mania de querer manter vivo o que penso que faz sentido, as mãos aquecidas, o coração em profusão, a cabeça em nuvens. E você é tão contumaz!

Olhando assim nos seus olhos, esse cheiro de café que lembra obrigação, as suas mãos que não param de cumprir alguma coisa, o que eu queria encontrar nesse momento impróprio parece tão ínfimo e sem sentido. É uma hora imprópria, eu sei, para aprofundar um sorriso, aproximar para um beijo, fazer o dia melhor. Eu queria agora sonho, promessa, gargalhada, um dia furtivo, sorriso meigo, música, dança, um passo à frente e verdade no olhar. Quem sabe dizer tudo e nenhuma palavra, fazer verter a esperança de uma noite mais tensa, intensa, profana, inculta...mas bela. Apenas poder desenhar novamente o meu nome nos seus lábios."

De Ariana, em 01/07/09.

28.6.09

Sem Dizer

Não digo o que me vem
Que nada vem a mim
O que dizer
Lá se vai em ti

Não digo a tua voz
Não digo o que me diz
Quando se vai
Sem dizer adeus

Fico só sem dizer
Fico só

Não digo o que não vem
Do que se vai em ti
O que disser
Não dirá de mim

Fico só sem dizer
Fico só