18.8.12

Throw your arms around me

Tem dias que a gente não cabe em si.
Será que quando éramos jovens, adolescentes ou crianças, tínhamos mais possibilidades de canalizar nosso amor...? Pelas coisas lindas da vida, por pessoas, por sonhos, por um mar de possibilidades..
A gente cresce e tem que desaprender a colocar emoções nos atos, por algum motivo que não sabemos exatamente definir... auto-proteção, ou uma ideia muito estranha de que quem tem muito amor e transborda sentimentos é vulnerável, fraco e não há lugar pra isso no mundo adulto? Pode ser.
Mas tem dias que não caibo em mim.
Não há mundo adulto que me faça negar transbordamentos...mas é difícil conviver com eles, às vezes.
De fato, acho que são menores as possibilidades de canalizar os sentimentos à medida que se instalam os dias de vida adulta. Porque há desconfiança, medo, algumas cicatrizes...e sentimos falta das coisas que nos faziam suspirar, e de todas as pessoas que recebiam e doavam mil sentimentos, sem nenhum porém.


Mas sigo assim, de transbordamento em transbordamento, guardando o que eu sempre senti, acrescentando tudo o que aprendi.. e enfim, é bom não caber em mim. É o que me faz sorrir e chorar, sonhar, é um pulso que ainda pulsa, e bastante.

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