17.2.13

Nem doutor nem pajé!

Às vezes, a maioria das vezes, a gente simplesmente não aprende. Podemos aprender a ler, a escrever, a entender melhor... palavras, pessoas, atitudes e até sentimentos. Mas não aprendemos a experiência dos sentimentos... Eles vêm, tomam conta, fazem aquele vendaval e depois, quando você achava que sabia tudo, que estava protegido de tudo o que não queria viver outra vez... a mágica está feita, é tudo novo de novo.
E não há racionalidade que te faça entender pra mudar o coração. Coração leviano, não muda não.
O amor quando acontece vem, penetra nas entranhas mesmo, nas horas do seu dia, nos seus pensamentos, antes tão ordenados, e dá medo e dá vertigem e pulsa! E sinceramente, mesmo que venha um balde de água fria hora ou outra, umas doses de café amargo de uma vez só, ou pitadas de água no seu chope lentamente até que ele esteja todo caído e aguado, vale a pena. E não dá pra lutar... A luta do amor é aceitá-lo, todo violento e fugaz, ou lento e doce, todo imenso.. e novamente, que o infinito exista em todos os momentos em que ele existir!
E descobri que é só isso que há de se aprender no sentir!

Quando o Amor Acontece
João Bosco

"...Coração
Sem perdão,
Diga fale por mim
Quem roubou toda a minha alegria
O amor me pegou,
Me pegou pra valer
Aí que a dor do querer,
Muda o tempo e a maré
Vendaval sobre o mar azul

Tantas vezes chorei,
Quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos
Ninguém tira do amor,
Ninguém tira, pois é
Nem doutor nem pajé,
O que queima e seduz, enlouquece
O veneno da mulher

O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Ilusão
O meu coração marcado
Tinha um nome tatuado
Que ainda doía,
Pulsava só a solidão

O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia,
Esquece sim
Quem mandou chegar tão perto
Se era certo um outro engano
Coração cigano
Agora eu choro assim..."

Nenhum comentário: